Terra, Universo de vida

Saturday, January 13, 2007

Intervenção humana no ambiente natural pode contribuir decisivamente para a extinção do urso polar alterando o processo evolutivo



Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Carnivora
Família: Ursidae
Género: Ursus
Espécie: U. maritimus




O urso – polar é citado pela CITES sob baixo risco de extinção. Contudo alguns factores podem mudar esta situação para pior.
O encolhimento das camadas de gelo e o prolongamento do verão
obrigam os ursos -polares a ir buscar comida em lugares habitados, colocando a espécie em conflito com o homem. Em 2005, testemunhas afirmaram ter visto um total de cerca de 40 ursos a nadar centenas de quilómetros em busca de alguma camada de gelo flutuante à qual pudessem subir.
Os povos indígenas do Árctico caçam o urso devido à sua gordura e à sua pele. O Canadá permite aos estrangeiros caçar, desde que guiados por um Inuit
em seus trenós de cães. Apesar de florescente no século passado, esse tipo de actividade mostra-se estar em declínio actualmente. O interesse por tapetes de urso diminuiu, assim como seus preços. Actividades humanas como exploração de gás e petróleo, turismo, pesquisa científica e desportos na neve perturbam o animal no seu ambiente.
Poluição ambiental é outra ameaça. Derramamentos de óleo também afectam os ursos -polares. O óleo é altamente tóxico e de lenta decomposição, sendo ingerido pelo animal quando este se alimenta.
A população actual de ursos polares é estimada entre 22 000 e 27 000 indivíduos, 60% dos quais vivem no Norte do Canadá
.




Aquecimento global faz com que os ursos polares passem fome

Quando chega Novembro e fica muito frio. A brisa marinha atravessa capas e a baixa temperatura começa a afectar a circulação dos dedos. Mas, ironicamente, a que assistimos é a uma das manifestações do aquecimento global.A cada Outono, os ursos polares do Canadá migram para o norte em direcção ao mar de gelo na Baía de Hudson.
O congelamento começa nesta época do ano e continua até a primavera seguinte.Ao farejar o ar, os ursos sabem que a temperatura cai e que a Baía começa a congelar.Os ursos polares já deviam estar nas águas congeladas, a caçar focas. Eles não têm uma refeição substancial desde que o mar começou a descongelar, em Julho, e passam fome.A cada dia sem se alimentarem direito, eles perdem um quilo das suas reservas de gordura.
Nos últimos 30 anos, as pessoas que vivem no norte do Canadá têm notado um fenómeno que muitos cientistas hoje acreditam que é resultado directo do aquecimento do nosso planeta.O resultado disso é que os ursos polares têm cada vez menos tempo para caçar no gelo sólido, e é só no gelo que eles conseguem caçar as focas.Isso porque as focas, que estão nas águas geladas, precisam de subir à superfície para respirar, e usam buracos ou rachaduras no gelo para ter acesso ao ar. Elas também ficam, às vezes, em pequenos bolhões de ar abaixo da superfície.

À medida que os ursos ficam mais esfomeados, o medo é que se tornem mais agressivos na busca de alimentos e aproximam-se cada vez mais da cidade.
O lixo local é fechado para afastar os animais, mas eles são ainda uma ameaça.O que está claro é que, a cada ano, os ursos polares vão ser uns dos primeiros a dar o alerta de que algo está a ocorrer na região, colocando em risco seu ciclo de caça.