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Wednesday, February 07, 2007

Chorão-das-praias


Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Caryophyllales
Família: Aizoaceae
Género: Carpobrotus
Espécie: C. edulis


Introdução da planta em Portugal

Introdução para fins ornamentais. Cultivada com frequencia para a fixação de dunas e taludes.

Descrição
As folhas são carnudas, com ângulo dorsal serrilhado, de 40 a 80 mm de comprimento e de 8 a 17 mm de largura, secção triangular.
As flores têm 5 a 9 mm de diâmetro, sobre pedicelos com 10 a 20 mm de comprimento, com estaminódios semelhantes a pétalas, amarelos a purpurescentes. Os estames são numerosos (400 a 600), amarelos, agrupados em séries de 6 ou 7 unidades. Cada flor tem 8 a 10 estiletes livres sobre um ovário cónico, ligeiramente comprimido na sua parte basal e convexo no topo.
O fruto, popularmente designado por figo dada a sua semelhança com um sicónio, é comestível, passando de verde a amarelo ou avermelhado com o amadurecimento e produzindo um odor pungente quando esmagado.


Origem geográfica

África do Sul : zonas costeiras da área de clima Mediterrânico.

Impacto no ambiente

Muitas vezes, na praia ou mesmo em jardins observamos espécies que nos parecem ser muito bonitas, mas causam graves danos no ecossistema e impedem o desenvolvimento das espécies autóctones. É o caso do Carpobrotos edulis, vulgarmente conhecido por Chorão. Esta espécie vegetal foi introduzida para fixar as dunas e para exibir a sua flor. No entanto, vai competir com as plantas espontâneas, impedindo-as de crescerem e de proliferarem. Assim sendo, a perda de biodiversidade é, em grande parte, devida à introdução de espécies exóticas, pois as espécies nativas competem com as introduzidas, somente sobrevivendo as mais aptas.



Medidas de combate

Controlo mecânico: esta planta pode ser arrancada manualmente, sendo fundamental que nao fiquem fragmentos vegetativos, os quais enraízam facilmente originando novos focos de invasão. Depois de arrancados são locais "seguros", onde secam, preferencialmente cobertos com plástico preto de forma a acelerar a sua degradação. Também podem ser deixados em locais mas com as raizes voltadas para cima, sem qualquer contacto com o substrato. As raizes principais são removidas para não arrebentarem.

Controlo químico: é muitas vezes utilizada a pulverização com glifosato apesar de não utilizado em grandes dimissões. Tendo em conta os possiveis efeitos adversos nas outras espécies e no meio ambiente, a sua aplicação é muito bem ponderada.


E também, a sensibilização das populações; formação dos técnicos que controlam estes problemas e pela prevenção. Para se acabar com uma praga deste tipo, em vez de se lutar contra ela, pode-se usá-la para nosso proveito, por exemplo, existe uma cidade chinesa que utiliza o Jacinto para tratar os seus efluentes. Pode-se também transformar as pragas vegetais em adubos e rações para o gado.

Assim, são chamadas de plantas invasoras aquelas oriundas de outra região ou bioma, e que se adaptam e proliferam muito bem no novo ambiente, competindo com as espécies nativas por nutrientes, luz solar e mesmo por espaço físico. Em algumas unidades de conservação as plantas invasoras podem se tornar um problema sério, modificando o ecossistema e, no caso de gramíneas invasoras, aumentando em muito a quantidade de material combustível acumulado, tornando esses ambientes mais suscetíveis ao fogo.

Fontes:

http://www.ajc.pt/cienciaj/n15/gera.php3
http://www.uc.pt/invasoras/resultados/fichas/1chorao_da_praia.pdf

http://pt.wikipedia.org/wiki/Chorão-das-praias http://pt.wikipedia.org/wiki/Planta_invasora

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